Futebol é para profissionais
Futebol desperta paixões, mexe com o psíquico, altera o metabolismo, enfarta, faz dar tiro, fugir de casa, trocar de companheira, sair no tapa, trocar beijos, pagar promessas, enfim, a grande invenção britânica é capaz de todos os capazes e mais alguns. Por isso, falar de futebol deve ser sempre depois. Quando os ânimos serenaram e a vida voltou ao normal.
Quase o Corinthians atrapalha os planos do São Paulo. Quem viu o jogo da quarta feira passada deve ter ficado com o coração na mão, vendo o timão entregar o campeonato, sem objetividade, sem conseguir furar a marcação, sem levar perigo ao gol, nem encontrar o caminho das pedras.
É o que eu digo: time sem planejamento estratégico, sem objetivo é sempre um perigo. A gente não sabe do que ele é capaz. Da mesma forma que ganha, perde. Da mesma forma que pipoca, joga um bolão e, invariavelmente, atrapalha o trabalho sério feito pelo adversário.
No caso do São Paulo, a meta é descer para a segundona. No ano passado o time quase chegou lá. Quem atrapalhou foram os outros times. Sem planejamento, sem saber o que queriam, jogando por jogar, ganhando e perdendo sem objetividade, eles impediram o São Paulo de fechar o ano com chave de ouro, soberano e absoluto na segundona.
Este ano o time começou de onde parou, quer dizer, mais perto do objetivo. Tudo ia bem até o Corinthians, por puro amadorismo, quase atrapalhar a caminhada vitoriosa.
Não fossem as três substituições estrategicamente feitas, o resultado seria outro. O mérito pelo resultado foi do São Paulo. Ele fez o Corinthians ganhar. Até os vinte do segundo tempo o Corinthians não ameaçava. Daí pra frente tomou conta do jogo. Mas não marcava. Por isso, aos quarenta e sete, a defesa abriu e deixou Rodriguinho cabecear. Gol, na última jogada. O resto é história. Ufa! O plano está salvo. A segundona continua no foco.
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