Não acredite em político
É fascinante como político diz uma coisa, sabendo que vai fazer outra. A qualquer momento tem candidato dizendo que não é candidato, mas que, se as bases exigirem, ele aceita o sacrifício de ser candidato, mesmo não sendo candidato.
Tem quem teve até o desplante de registrar em cartório que não sairia do cargo para o qual tinha sido eleito e, em seguida, se esquecer da promessa sacramentada pela força do registro público e sair candidato a outro cargo mais alto.
Todos os dias alguém declara que não será candidato, coisa que acontece em todas as eleições, para depois entrar na raia, ou no terreiro e baixar feito pomba gira, arrebentando com tudo que estava combinado, como se não fosse com ele.
Tem também quem finge que ajuda e não ajuda. O resultado é o Brasil estar na tanga que está.
Um cidadão fundamental para eleger outro cidadão simplesmente se omite, em nome de uma hipotética moralidade pública, e deixa o candidato do outro partido correr solto e ganhar a eleição.
Não faz isso porque é bonzinho ou correto. Faz porque está convencido de que o candidato do outro partido não dá conta do recado e que ele volta nos braços do povo. Ou porque tem mutreta no meio.
Tem também quem fala o que não deve, na hora que não deve, para o público que não deve, sobre assunto que não é da sua conta.
E tem quem se diz o salvador da pátria, sem a menor cerimônia e sem se dar conta que só está onde está não porque ele é o dono da cocada preta, mas porque tem alguém bancando a parada.
Política é suja em todo o mundo e o Brasil não é diferente. O que causa espanto é que nós insistimos sempre na mesma corja que destrói o país faz décadas. Será que não tem como arrumar uma alternativa?
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