Ponto de virada
A condenação de Lula em Porto Alegre pode ser o momento que o Brasil aguardava para promover a grande virada capaz de encerrar um dos períodos mais lamentáveis de nossa história.
Período que não começa com o PT assumindo o governo, mas retroage à Constituição de 1988, uma das leis mais perniciosas e que condenou o país a passar pelo que vem passando, em todos os níveis.
A votação unânime dos desembargadores do Tribunal Federal da Quarta Região, muito mais do que confirmar Lula como um bandido, chefe de quadrilha, e puni-lo com 12 anos de cadeia em regime fechado, abriu para a nação a possibilidade de exigir respeito com ela, de proibir aventuras seja lá em que campo for, ou gracinhas do gênero “solto esse” e “não me dou por impedido para julgar aquele”, que se tornaram comuns no Supremo e no STJ, desmoralizando o Poder Judiciário, transformando um de seus integrantes, merecidamente, em tema de marchinha de carnaval.
O julgamento técnico, profissional, frio, isento, dentro da lei, baseado apenas no que está nos autos, sem palhaçadas, sem vedetismo, sem sensacionalismo, feito por três desembargadores que sabem o que significa julgar, é o contraponto que o brasileiro precisava para entender as diferenças gritantes entre o show de horrores em que se transformaram as mais altas cortes do país e o julgamento técnico, comedido, longe dos holofotes, nos termos da lei e com base nas provas, feito diariamente pela imensa maioria dos juízes brasileiros.
A decisão de Porto Alegre, além de mostrar de forma insofismável quem é Lula, o eleitor de postes, e o que ele foi capaz de fazer para si e sua corja, dá uma lição de profissionalismo e de decência para o país. É preciso não perder esta chance. É hora de exigir comprometimento com o Brasil, honestidade e seriedade de quem deveria dar o exemplo.
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