Dá pra acabar com a CET
A grande consequência da greve do dia 5 de junho, dos metroviários e dos marronzinhos, é a certeza de que dá para acabar com a CET.
Durante anos eu tive sérias dúvidas sobre a possibilidade de São Paulo poder funcionar sem os marronzinhos, por pior que eles fossem.
A greve da CET, junto com a do Metrô, no dia 5 passado, não só mostrou que é possível, como, mais do que isso, mostrou de forma irrefutável que sem eles, mesmo sem Metrô, fica melhor.
Em outras palavras, os marronzinhos, na melhor das hipóteses, são absolutamente inúteis e na maioria das vezes atrapalham em vez de ajudar.
No passado havia razões técnicas para eles estarem nas ruas. A prova viva foi o sucesso do Ricardão, que depois se decepcionou com o serviço público e abandonou a CET para viver uma linda historia de amor com a estátua da mulher nua, nas matas de Mairiporã.
Acontece que a vida anda. E o que era bom ontem não satisfaz mais hoje. É só ver o que aconteceu com as máquinas de fax, completamente suplantadas pelos e-mails.
Com os marronzinhos é a mesma coisa. Hoje eles são um estorvo que custa caro para a comunidade e não apresenta qualquer contrapartida que justifique sua permanência.
Se o que a prefeitura quer é multar, sai mais barato encher a cidade com radares e fazer a competente manutenção do que pagar os salários e todos os penduricalhos a que os marronzinhos têm direito.
Mais do que isso, sai muito mais barato fechar a CET. Simplesmente acabar com a companhia que custa muito caro e não tem nenhuma razão para existir, já que não cumpre com suas obrigações. A verdade é que sem ela o trânsito flui melhor, até em dia de greve do Metrô.
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