Os ratos seguem em frente
Como os pernilongos costumam aporrinhar suficientemente a cabeça do paulistano, nós acabamos não prestando atenção numa série de situações de stress causadas por outros animais que dividem o espaço urbano com os pernilongos.
Não há nada a favor ou contra eles. Eu sei que a razão de ser de um pernilongo é procriar outros pernilongos e que, para isso, as fêmeas necessitam sangue.
Uma boa picada no braço de um ser humano só não é melhor do que uma boa picada na bochecha de um bebe.
Mais uma vez, tenham certeza, não tenho nada a favor ou contra os seres humanos e, mais ainda, também não tenho nada a favor ou contra os bebês serem picados pelos pernilongos.
Como também não tenho nada a favor ou contra os pernilongos picarem quem quer que seja, por mais protegido que seja, ou não.
Acontece que, num dos primeiros atos de gestão, o atual prefeito da Capital deu cabo dos pernilongos e só agora, lentamente, um ou outro começa a colocar a cabeça de fora, pelo menos na região do Butantã.
Sem pernilongos, foi possível prestar atenção nas lagartixas, nas moscas, nas taturanas, abelhas e outras criaturas que dividem os espaços da minha casa.
Estão lá. São muitas e várias delas levam a Clotilde à loucura, tentando pegá-las das mais variadas formas.
Para quem não sabe, Clotilde é minha cachorrinha boxer. E ela tem parte ativa na razão desta crônica, ou pelo menos na tentativa de controle da população de ratos que habita São Paulo. A Clotilde não pode ver um rato que sai atrás. Às vezes pega e aí é uma festa. Outras, não. O fato concreto e indiscutível é que São Paulo tem muito rato para a Clotilde pegar.
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