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Crônicas & Artigos

em 05/10/17

O cemitério São Paulo não nega fogo

Mais uma vez, o Cemitério São Paulo ou, como está escrito na entrada, Necrópole São Paulo, mostra que não abre mão de sua competência e sua visão social. Tanto faz se os mortos estão mortos e retornaram ao pó.

O Cemitério São Paulo trata seus mortos com respeito, carinho e profunda consideração. A prova disso não são seus muros, até há pouco regularmente pichados. A prova disso são os ipês floridos, que enfeitam o Cemitério ano após anos, já faz muito tempo.

Este ano, confesso que fiquei preocupado. O Cemitério normalmente recebe a florada dos ipês mais cedo, a partir de junho ou julho. Em 2017, por alguma razão desconhecida dos homens, mas clara para os iniciados nos mistérios antigos, os ipês atrasaram a florada.

Passou julho, agosto… foi só na segunda metade de setembro que eles decidiram vir a público, mostrar o que podem fazer, do que são capazes e que não perderam seu enorme respeito pelo campo santo onde estão plantados.

Posso falar do tema sem nenhuma restrição. Meus maiores não estão sepultados no Cemitério São Paulo. Os túmulos de família estão no Cemitério da Consolação. Aliás, para onde minha mãe encaminhava todas as pessoas que telefonavam para sua casa querendo vender alguma coisa para meu pai, depois que ele morreu.

Voltando ao Cemitério São Paulo, por mais que os ipês do Cemitério do Araçá se esforcem, por mais que os ipês do Cemitério da Consolação deem sangue, suas floradas não são a mesma coisa.

O Cemitério São Paulo saiu na frente, continua na frente e, pelo jeito, não tem medo de nenhuma ação específica para tirar sua coroa. Até porque, numa prova de civilidade, respeito e cidadania, a atual Administração mandou pintar seus muros.

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