Como fica Winston Churchill?
De acordo com a nova gramática política nacional, o bom, o correto, o íntegro é ser republicano.
Faz muito tempo que eu pergunto o que é ser republicano, além do cidadão preferir um determinado sistema político, baseado na experiência de Atenas, que nunca foi unanimidade, tanto que as demais cidades estado gregas eram, normalmente, monarquias (até com 2 reis, caso de Esparta) ou tiranias, com um tirano com absoluto domínio do governo e com poderes tão extensos quanto os dos reis.
Vale lembrar que a democracia ateniense tinha 40 mil cidadãos com direito a voto numa cidade com mais de 200 mil habitantes. Os metecos e os escravos não votavam, nem tinham voz política.
Hoje a república é adotada por um grande número de países, encabeçados pelos Estados Unidos, como Rússia, Alemanha, França, Itália e dezenas de outros, entre eles, os países sul-americanos seguindo atrás.
Mas até que ponto as repúblicas são melhores ou mais éticas do que as monarquias? Suécia e Noruega, dois dos países menos corruptos do mundo, são monarquias. A Grã-Bretanha, o Japão, a Holanda, a Espanha e dezenas de outros países são monarquias. Nem por isso se caracterizam pela corrupção, pelo nepotismo ou pela incompetência que macula a vida política nacional e de nossos vizinhos.
Se o bacana é ser republicano, como fica, na linguagem torta dos homens públicos brasileiros, Winston Churchill, um dos 5 maiores políticos do século 20, que dizia com todas as letras que não tinha sido eleito Primeiro Ministro de Sua Majestade para desmontar o Império Britânico?
Vai ver ele não tinha empoderamento moral suficiente, seja lá o que isso quer dizer. No Brasil, o analfabetismo cumpre papel fundamental para fazer quem é analfabeto – ou malandro – parecer culto.
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