Plano de demissão voluntária
Na segunda feira, 9 de junho, um ouvinte, no meio da baderna pelo não cumprimento de decisão judicial pelo metroviários, enviou uma mensagem para a Rádio Estadão sugerindo que o governo abrisse um programa de demissão voluntária para os funcionários do Metrô. Os que estivessem insatisfeitos com as condições oferecidas pela empresa que aderissem e fossem batalhar outro emprego.
É de longe a melhor ideia para resolver o assunto no curto prazo. E não é porque a greve acabou que ela deve ser deixada de lado.
Na longa história das remunerações especiais para funcionários de empresas especiais, todas ligadas ao Poder Público, poucas categorias profissionais têm algo parecido com os salários e as vantagens oferecidas pelo Metrô de São Paulo.
Assim, a sugestão do ouvinte é perfeita. Tenho certeza que a população atendida pelo Metrô gostaria muito de ver quantos funcionários adeririam a um plano de demissão voluntária.
Já a solução definitiva para o problema ficou absolutamente clara durante a greve. O caminho para a população não ser mais chantageada por um grupelho interessado em complicar o quadro político se chama privatização. Enquanto ela não vem, plano de demissão voluntária.
A Linha 4, cuja operação é feita pela iniciativa privada, foi a única que funcionou sem qualquer interrupção durante a greve.
Além disso, seus trens são os mais modernos, seguros, confiáveis e confortáveis de todo o sistema. Ora, se a iniciativa privada dá conta da Linha 4, por que não daria conta da operação de todo o Metrô?
Não bastasse a certeza de que a população não será mais chantageada, a expansão das linhas em ritmo mais rápido justificaria de sobra a privatização. É para se pensar seriamente sobre o assunto.
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